Mostrando postagens com marcador Música. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Música. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Chanson à le vent froid

Chanson à le vent froid

tous les jours
j'entends le vent froid
me demander où est tu
pas ici, pourquoi?

et toujours
que j'entends le vent froid
chanter ta chanson
je me demande: pourquoi?


Où est elle, vent froid
cherchez elle lá-bàs
et dit elle
que je manque sa voix

Où est elle, vent froid
cherchez elle lá-bàs
l'amenez ici
j'attends chez moi


au fin du jour
quand je suis chez moi
je me souvient que tu
ne rentrera pas

au fin de tout
quand je suis lá
je regarde la pierre
je suis chez toi

donc j'entends le vent froid
ensemble, nous sommes lá
on pleure sur toi
nous sommes seules dejà

 

 

Mais uma vez não sei bem o que tô fazendo. Correções são aceitas :)

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Quando os morros caem


Foto do Informe Blumenau, de 2015
Esse foi de 2015, para o Willy e para a Irene. Não manjo dos paranauês, então só larguei uns três acordes ali, provavelmente teria que arrumar e arranjar direito, mas enfim, pra atualizar esse rincão aqui.

Quando os morros caem
Para Irene e Willy

(A7 E)

E        B7    A7
Quando o rio chamou
        E
O morro respondeu
        B7    A7
Quando o rio clamou
        E
O morro atendeu
        B7    A7
O morro rachou
          E
E o rio correu
            B7    A7
Por onde nunca andou
        E
Por onde escolheu
        B7         A7            E7
E nada restou (nada restou), só você e eu
        B7         A7            E
E nada restou (nada restou), só você e eu
E        B7    A7
Meu cachorro cego
    E
Rio levou
        B7    A7
O meu carro velho
         E
Rio carregou
        B7    A7
Quando o rio correu
    E
assoreou
B7              A7            E
//: Meu peito, meu chão; casa e refrão; canto e violão:\\
B7         A7        E
Peito, chão; violão
B7         A7        (A7 E)
Peito, chão

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Minha sina tua senda

Image: Danseuse de Maloya, de Isabelle Devin.



Minha sina tua senda

A senda que não segui
me acena
serena

A sina que não segui
me ensina
suprema

A sanha que não senti
me assanha
sereia

Acenda que não senti
a chama
lareira

/:Acena co'a chama
Me chama na senda
Me ensina a sanha
Me assanha, sereia:\

Me ensina, me acena
Me assanha serena
Minha sina, minha senda
Me acenda, sereia

Minha sina: tua senda
morena

/:Acena co'a chama
Me chama na senda
Me ensina a sanha
Me assanha, sereia:\

Minha sina: tua senda
morena

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

O som da goiaba


O som da goiaba

Image: Sounds of Saxophone, by Vakho Kakulia 2010.

Não havia muito que eu chegara em casa do trabalho, quando algo bateu de repente no vidro da sacada. Breve, quase a ponto de não ser percebido. Mas o som foi suficiente para me chamar a atenção. Abri a porta de correr e ela estava ali, recém caída no chão, ainda se debatendo. Não reconheci com certeza, mas acho que era um dó.

Quando me agachei para recolhê-la um som breve soou e algo me atingiu de leve as costas. Virei-me para encontrar o que, acredito, era um lá. E lá de baixo ouvi mais uma vez o som polido do ronronar de um gato de metal. Espiei sacada abaixo e, sob a goiabeira da calçada no outro lado da rua, escondido da luz amarelada do poste, o som embalava a árvore vibrando-lhe de leve as folhas na cadência de um jazz lento improvisado. Aqui e ali escapavam umas notas por entre as galhadas, que iam cair nas sacadas dos apartamentos mais baixos, com cheiro de goiaba e som de noites de New Orleans. Com os cotovelos apoiados no batente da sacada deixei o olhar perder-se nas folhas pintadas de amarelo sob o céu que escurecia, tentando perscrutar sob os galhos o ronco melodioso do saxofone. O vento assobiou e uma folha rodopiou na calçada, dançando para o poste cuja luz arrancava faíscas douradas por entre os galhos, feito veios de ouro entre flores de goiaba.

Um carro se aproximou e parou junto ao passeio, sob o poste que servia de ribalta. A música cessou e uma garota loira toda de preto surgiu por sob as folhas da árvore. Trazia à cabeça um gorro preto à francesa, tombado de lado feito uma nota em bemol. Ao pescoço, por sob as melenas loiras, um cachecol cor-de-goiaba-madura disputava com o saxofone dourado o protagonismo de cor. A garota desapareceu no carro, que sumiu na curva do fim da rua, deixando a goiabeira silente, uma calçada vazia e uma folha inerte no chão.

Quanto a mim, herdei apenas um resto de noite embalado pelos ruídos ásperos da cidade e o par de notas que guardei como lembrança da saxofonista do cachecol cor-de-goiaba.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Hues of Blues


The Old Guitarist - Pablo Picasso

Hues of Blues

I've heard the cab go
Windows closed
I've heard no sound
All was gone
All was gone

The sheets were cold and
pale
No colour in the
sky
Grey clouds passing by
Passing by

No hues in the morning
No song from the trees
No colour no sound but blues

No hues in the morning
No song from trees
No colour no sound without you

Oh, life has no hues
but blues

Life has no hues

No, life has no hue
without you

Oh, life has no hues
but blues

Life has no hues

Life has no hue
without you

quarta-feira, 4 de março de 2015

Pardon moi


Pardon moi
ma belle
je ne veux pas
une nouvelle
passion
je veux seulement
boire
boire
et boire

je ne veux pas
la lune
je ne veux pas
l'ètoile
plus loin
je ne veux que
ma chère
boire
boire
et boire

Rien que
boire
boire
et boire

Toujours
boire
boire
et boire

Pardon moi

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tormenta


Escrito durante a última tempestade aqui na cidade, com o céu ribombando feito tambor, só pedindo por uma letra.


Tormenta

Urra trovão
Arranca  da terra o  torrão
Rasga o céu num clarão
Crava a luz nesse chão

Parte e deixa ruir!

'Ranca-torrão
Despenca e ilumina esse vão
Que separa as nuvens do chão
Risca da noite a escuridão

Risca uma rota
Um resto de rastro
Um  roto retrato
D'um rosto riscado
De um coração

Urra trovão
Abafa esse choro, trovão
Que espelha essa chuva, trovão
Que me trinca o coração.

Troveja, o raio caiu!

Agora me deixa chover...