Vou ser tosco e desregrado.
Beber Bukowski e cheirar dos Anjos.
Rasgar o verbo na sarjeta literária.
Vou acordar no beco com o beijo dos cães.
Ter versos cantados pra putas de tetas caídas.
Vou vender o Kafka que me restou,
pra comprar um cigarro avulso e literatura de quinta.
O clássico ficou velho. Caduco.
Não me emociono mais com um mictório qualquer,
nem com um neólogodepalavrasgrudadas.
Com o verbo tosco que me resta,
serei pequeno e medíocre.
Vou mandar o mundo,
a arte,
à merda.
E andar fedido pelos becos até que um mendigo me deite veneno ao ouvido.
4 comentários:
Esse é um poema já bem antigo. Até achei q já tinha postado aqui. Como ainda não o fiz e não tenho nada de novo pra falar, ficam estes versos de tapar buraco e ocupar pixels.
Não são somente palavras de ocupar pixels? São? Não podem ser: são agora as minhas palavras, que roubo - ingenuamente - nas linhas alheias.
Abraço.
u escreveu que ia deixar de ser pedante a um tempão? não aprende nada, não? hahahaha
todos os teus textos são pedantes! E por isso que tu ganha toda rodada do duelo! hahaha
inclusive meus votos, diga-se de passagem.
mas eu ainda prefiro mil vezes um arroto que não caiu bem do que uma declaração à luz da lua.
eu gosto é do estrago!
E tem coisa mais pedante do que essa intertextualidade toda? Daria pra encher de hiperlinks muitos dos teus textos. Eu acho esse pedantismo legal. xD
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