bronha-me um poema
de mãos
de-leite
fela-me num canto de lábios de melado
que só a moenda tua extrai-me
da cana
o sumo que alimenta teus engenhos
de mó que geme e chora
e dos teus lábios de cor
Cacau
o ósculo cede
que acende a sede
da seda da sede
dos teus encantos crioulos
E só, sigo
a senda que finda na fenda
do teu grão de café
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
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8 comentários:
Excelente poema...lascivo e aromático como os versos dos africanos, cheios de nardo e beijoim.
Muito bom.
eu ia comentar, mas agora me perdi tentando descobrir o que são nardo e beijoim.
lascivo, era essa a palavra que eu estava buscando antes da abrir a janelinha para comentar. agora vou fechar a janelinha e abrir um dicionário: não tenho idéia do que sejam nardo e beijoim...
Nossa! Que bela maneira de me sugerir a lembrança de um boquete!
Bom jogo de palavras.
caros, são ervas aromáticas usadas para defumação, que é um dos rituais de descarrego das religiões afro-brasileiras, como a umbanda e o candomblé. outros exemplos, para os amigos poetas e tão interessados em palavras novas, pelo que parece: Sândalo, mirra, olibano, mastic, copal, Ladano, sangue de dragão, damar, aloés madeira, junípero, louro cedro, rosa patchuli, e por aí vai.
Belíssimo o poema, mas essa imagem - "a senda que finda na fenda do teu grão de café" - pegou mais forte em mim.
Abraço.
cara, tava lendo de novo aqui. puta q pariu, esse é demais. demais. tesão.
tava relendo de novo aqui. esse é demais. q tesão, cara, poemaço!
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