Com o mundo meio de perna pro ar, mais uma ilustra.
Errei rude na perspectiva do balanço, mas tá valendo.
terça-feira, 16 de outubro de 2018
terça-feira, 28 de agosto de 2018
quinta-feira, 14 de junho de 2018
Minha sina tua senda
Image: Danseuse de Maloya, de Isabelle Devin. |
Minha sina tua senda
A senda que não segui
me acena
serena
A sina que não segui
me ensina
suprema
A sanha que não senti
me assanha
sereia
Acenda que não senti
a chama
lareira
/:Acena co'a chama
Me chama na senda
Me ensina a sanha
Me assanha, sereia:\
Me ensina, me acena
Me assanha serena
Minha sina, minha senda
Me acenda, sereia
Minha sina: tua senda
morena
/:Acena co'a chama
Me chama na senda
Me ensina a sanha
Me assanha, sereia:\
Minha sina: tua senda
morena
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quinta-feira, 10 de maio de 2018
The birth of a poet
The birth of a poet.
A poet was born in the woods
(otherwise, a poet he wouldn't be).
He cried the shout of the streams,
he wept the twirls of the creeks.
He crawled amongst beasts over leaves,
rose grasping on roots.
Grew under the canopy,
dreamed under stars.
And dared.
To walk on unstepped paths,
to fall in the depths of ravines,
to gaze into where darkness dwells.
He flew with birds
and sang their songs.
He howled with wolves
and told their tales.
He ran with the stampede.
Then left it's trail.
A poet was born in the woods.
Imagem de curiosityneverkilledthewriter.com |
A poet was born in the woods
(otherwise, a poet he wouldn't be).
He cried the shout of the streams,
he wept the twirls of the creeks.
He crawled amongst beasts over leaves,
rose grasping on roots.
Grew under the canopy,
dreamed under stars.
And dared.
To walk on unstepped paths,
to fall in the depths of ravines,
to gaze into where darkness dwells.
He flew with birds
and sang their songs.
He howled with wolves
and told their tales.
He ran with the stampede.
Then left it's trail.
A poet was born in the woods.
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quinta-feira, 26 de abril de 2018
Poeta de repartição
Poeta de repartição
A nuvem cinzenta lá em cima
despencava cântaros enquanto
cá embaixo
outra nuvem cinzenta se acumulava
sob o guarda-chuva cheirando a alcatrão
do poeta, que via as gotas escorrendo pelas bordas
e se perguntava quando caralhos
aquilo havia se tornado o ponto alto do seu dia.
O céu cinza
a fumaça cinza
a calçada cinza sob o guarda-chuva escuro.
O único maldito ponto de cor
se equilibrava débil sobre a ponta do cigarro
que acendia vermelho por um segundo
antes de ficar
também
cinza.
E o poeta de repartição
deixou a bituca apagar
na água que corria junto ao meio-fio
rumo ao bueiro
e subiu com os pés molhados as escadas
para carimbar documentos e sonhar
com a poesia de um dia de chuva
em que pudesse colocar no papel
mais que carimbos
ou em que não precisasse arrumar um vício qualquer
para poder sair e ver a chuva cair
no meio da tarde
cinza.
Imagem retirada de: Yog La Vie! |
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