sexta-feira, 15 de março de 2013
Encomenda
Encomenda
Quando lá chegares, envia-me um postal.
Diz ao rei que mando lembranças,
que sinto saudades.
Entalha, numa árvore, o meu nome junto ao teu.
E lembra o gosto do beijo não dado.
Olha aquela estrela, cruza aquela ponte, ouve aquele rio.
Deita na cama que escolheres e dorme aquele sono nunca dividido.
Faz-me assim um pouco lá.
Está tudo bem. Vai-te embora.
Mas lembra:
quando lá chegares, envia-me um postal.
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Literatura - Verso,
Poema,
Rodrigo Oliveira
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5 comentários:
De preferência um postal bonito, de um lugar incomum e cheio de rabiscos. Poesia ou não, prosa talvez. Mas escreve. Escreve no postal.
Coloque-me em todas aqueles e aquelas que vires. Vai-te embora. Pois agora, aqui, abro mão do que nunca tive. Comprarei para ti uma flor, que nunca será entregue. Mas, por favor, apenas não esqueças do postal. Um salve para ti Rodrigo!
E quando os comentários são mais poéticos que o blog? :D
Para
Além,e
Sempre
Aqui.
Reis e
Gigantes,
Amigos
Distantes.
Aonde vais?
Então vai, se preciso for.
Dou mais um passo,
carregando o peso morto de um corpo que suplica: leva na mala meu abraço.
Deixo-te com um sorriso discreto,
contendo a melancolia de meu traço.
Imagino um beijo doce,
fico apenas com o cansaço.
Vai, mas não esqueça..
Envia-me um postal, uma lembrança,
um alivio qualquer a esse coração que não descansa.
(Ah,
as eternas reticências dessa esperança que não cansa...)
P.S. Quando os comentários se fazem mais poéticos que o post (e, se me permites a ressalva, diria que se fazem tão lindamente poéticos quanto) só tenho uma coisa a te dizer: inspiras, meu bem.
Saudades de ti!
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