quarta-feira, 26 de março de 2014

Sorvo de Saudade


Sorvo de Saudade

Eu vejo os teus traços todos os dias,
onde sorvo a saudade a cada manhã.
Eu solto balões a todo momento, pra que eles se percam
                              se percam ao vento
até estourar em algum lugar
bem alto,
bem alto, onde ninguém possa ouvir.

Eu te vejo
    tatuada nas outras
Eu me queixo
    da toada das coisas
Eu me deixo
pensar um momento
na rima que não ouso fazer.

E grito bem alto,
bem alto,
onde ninguém possa ouvir.

Bem alto,
bem alto.

[...]

Que ninguém possa ouvir.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Promessa de ano novo


Promessa de ano novo

É dois mil e catorze e eu ainda não fiz um poema.
E se o mundo acabar
e o se o sol não raiar

amanhã?

E se o chão se abrir
antes de mim?

E se chover a última chuva
ou brilhar a última estrela?
Se a última lua cair

sobre mim?

Já é dois mil e catorze e eu ainda não
 [te]
fiz um poema.