sábado, 19 de novembro de 2011

Poema Têxtil

Esse me caiu agorinha, do chuveiro, na cabeça. Provavelmente influenciado por essa leitura.


Poema Têxtil



há que se ver o rio
passar
vão entre os vãos

há que se dar as costas
(curvadas)
aos teares

deixa, em suspensão, a agulha!
mantém, inerte, a linha!
deixa a trama por tramar

que o algodão
inda não colhido
precisa balançar ao vento
uma última vez

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