O Sarau Eletrônico, da Biblioteca da Furb, está com um especial em homenagem ao escritor português José Saramago, que morreu há poucos dias. Além do meu ensaio A Divina Comédia Pós-Moderna, sobre Todos os Nomes, figuram artigos e textos dos escritores Viegas Fernandes da Costa — editor do Sarau Eletrônico — e Maicon Tenfen, além do discurso do próprio Saramago ao receber o Nobel de Literatura de 1998. Fica a recomendação.
E ainda aproveitando o autojabá, aqui tb tem mais um artigo sobre uma obra do autor (na verdade sobre uma cena específica de O Evangelho segundo Jesus Cristo, a Cena da Barca).
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
O sonho do sem-cão
Um latido noiterrompeu-me os sonhos:
— Cãocãocão! Cãocãocão!
Desadormeci pispispiscando os olhos sob o luar. Atentei ao chamado.
— Cãocãocão! Cãocãocão!
Mirei o jardínscuro vazio, com olhos sonolentos. Nada havia. Apenas um sem-cão silente e a expiração do mundo nos sombrabaixos. Um mundormente e nada mais.
Sonambulava pupilargas pelo vidro, perscrutando a escuridão que mundormia janelafora. Ouvia o ronronar chiado do nada.
— Cãocãocão! — de repente, pelo vidro.
Madeixergui-me em sobressalto ao repentino alarma. Não via nada pelo vão vitrembaçado. Apenas o jardínscuro e o respirar próximo de um sem-cão e branquear a vidraça. Quase podia ouvi-lo rosnar, mas não havia nada para apaziguar minhas pupilargas curiosas.
Seguiram-se minutos latimudos de janelas opacadas.
Até que indespertei-me novamente na cadeira junto à janela sob a lualva já mais baixa e despedi-me da noite com um cerracenho cansado e um ganido baixinho.
— Cãocãocão! Cãocãocão!
Desadormeci pispispiscando os olhos sob o luar. Atentei ao chamado.
— Cãocãocão! Cãocãocão!
Mirei o jardínscuro vazio, com olhos sonolentos. Nada havia. Apenas um sem-cão silente e a expiração do mundo nos sombrabaixos. Um mundormente e nada mais.
Sonambulava pupilargas pelo vidro, perscrutando a escuridão que mundormia janelafora. Ouvia o ronronar chiado do nada.
— Cãocãocão! — de repente, pelo vidro.
Madeixergui-me em sobressalto ao repentino alarma. Não via nada pelo vão vitrembaçado. Apenas o jardínscuro e o respirar próximo de um sem-cão e branquear a vidraça. Quase podia ouvi-lo rosnar, mas não havia nada para apaziguar minhas pupilargas curiosas.
Seguiram-se minutos latimudos de janelas opacadas.
Até que indespertei-me novamente na cadeira junto à janela sob a lualva já mais baixa e despedi-me da noite com um cerracenho cansado e um ganido baixinho.
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Rodrigo Oliveira
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Atualizando...
Uma suposta-possível-pouco-provável letra para uma ainda menos viável música que estava parada nos meus arquivos há mto tempo. Como não vou mais retomar e terminar isso, fica aqui o texto inacabado sem nem título. Mas ao menos, não dá pra dizer que eu não atualizei. Qq hora posto algo melhor acabado (espero).
Lavra a palavra
Leva a palavra
Livra a palavra
Leve
Para a palavra
Pare a palavra
Parte a palavra
Pária
Ave palavra
A vã palavra
Vaga palavra
Vala
Lavra a palavra
Pare a palavra
Vaga palavra
A vã palavra
Parte a palavra
Livra a palavra
Pétrea
Pária
Puta
Parva
Palavra Pagã
Liça
Lente
Leme
Láurea
Lábil leviatã
Vorme
Vício
O vulto
À vala
ávida vilã
Porto
Lacre
Vida
Pátria
Lume
Virgem
Lavra a palavra
Leva a palavra
Livra a palavra
Leve
Para a palavra
Pare a palavra
Parte a palavra
Pária
Ave palavra
A vã palavra
Vaga palavra
Vala
Lavra a palavra
Pare a palavra
Vaga palavra
A vã palavra
Parte a palavra
Livra a palavra
Pétrea
Pária
Puta
Parva
Palavra Pagã
Liça
Lente
Leme
Láurea
Lábil leviatã
Vorme
Vício
O vulto
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Lacre
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Pátria
Lume
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